Embora a pandemia do Covid-19 já tenha terminado, seus efeitos ainda são observados no setor trabalhista, obrigando as empresas a se adaptarem a novas tecnologias para controlar o ponto de seus colaboradores.
Além disso, o uso de ferramentas digitais tornou-se essencial não apenas para o controle de horário, mas também para a gestão remota, a comunicação interna eficiente e a manutenção da produtividade em ambientes de trabalho híbridos.
Essa transformação digital tem levado a um maior investimento em soluções tecnológicas que garantam a flexibilidade e a eficiência operacional necessárias no cenário pós-pandemia.
Leia o nosso artigo e confira como a pandemia impactou o controle de ponto dos trabalhadores, principalmente, no setor rural.
Regulamentação dos sistemas de ponto eletrônico
O decreto 10.854, conhecido também como Marco Regulatório Trabalhista Infralegal, que entrou em vigor em dezembro de 2021, trouxe importantes diretrizes para a regulamentação de sistemas e aplicativos de ponto eletrônico.
Com o surgimento da pandemia de Covid-19, o uso dessas tecnologias cresceu de forma significativa, especialmente nos contextos de home office e trabalho híbrido, onde o trabalho remoto e a flexibilidade de horários se tornaram mais comuns.
Segundo o decreto, para garantir a aprovação dos órgãos fiscalizadores do governo, esses sistemas devem atender aos protocolos de segurança estabelecidos na legislação trabalhista.
Na verdade, a regulamentação do ponto eletrônico é mais antiga, começando com a Portaria 1.510 em 2009, que introduziu os primeiros requisitos para o registro eletrônico de jornada.
Já em 2011, entrou em vigor a Portaria 671, que substituiu as portarias: 373 e 1510. Essa legislação regulamenta as relações de trabalho, políticas públicas e legislação trabalhista, trazendo aspectos importantes que direcionam as empresas no controle de jornada de trabalho, com o uso de sistemas eletrônicos.
A Portaria 671 determina ainda que as empresas com mais de 20 funcionários são obrigadas a disponibilizar um meio para registro de ponto e jornada de trabalho, que pode ser online ou por meio de aparelhos físicos, além do monitoramento das horas trabalhadas.
A portaria 671 prevê ainda que as empresas possam escolher o registro de ponto certificado, que substitui o registro de ponto impresso ou manual.
Quais foram as mudanças no controle de ponto das fazendas?
A pandemia de Covid-19 trouxe também muitos desafios para o setor do agronegócio, exigindo adaptações rápidas nas fazendas em várias áreas, especialmente na gestão dos colaboradores, o que inclui o controle de ponto dos funcionários.
Durante esse período, muitas fazendas que, até então, faziam o controle de ponto de forma manual ou mesmo com o uso de mecanismos mais antigos, passaram a adotar tecnologias avançadas para modernizar esse processo, substituindo métodos tradicionais por soluções digitais que proporcionam maior flexibilidade e eficiência.
Softwares de gestão de ponto
Uma das principais adaptações trazidas pela pandemia foi, justamente, o ponto digital, que é um software específico de controle de ponto.
Normalmente, essas tecnologias são acessíveis por dispositivos móveis, como tablets e celulares, integrados com sistemas de folha de pagamento para automatizar relatórios e cálculos.
Somado a isso, essas soluções também utilizam aplicativos móveis para possibilitar a marcação remota de ponto, com algumas soluções incluindo funcionalidades de geolocalização para aumentar a precisão.
Relógios de ponto eletrônicos com tecnologia biométrica também foram utilizados, garantindo a precisão e evitando fraudes, especialmente em fazendas com necessidade de presença física constante.
Essas mudanças não apenas aumentaram a precisão e eficiência do controle de ponto, mas também garantiram a conformidade com as exigências legais.
Apesar dos benefícios, a implementação dessas tecnologias enfrentou desafios, como a necessidade de treinamento dos funcionários, custos iniciais e problemas de conectividade em áreas remotas.
Quais os benefícios das soluções de ponto digital?
Apesar da obrigação de adotar novas tecnologias de ponto digital, a gestão do controle de ponto nas fazendas também colheu diversos benefícios.
Isso porque, esses sistemas proporcionam uma gestão mais eficiente e transparente do tempo de trabalho dos funcionários, uma vez que os registros de entrada e saída são feitos de forma precisa e automática, o que diminui erros e elimina a necessidade de cálculos manuais.
Além disso, ao ter a possibilidade de fazer o registro remoto, os funcionários podem marcar ponto de qualquer lugar, facilitando o trabalho em home office ou em locais remotos da fazenda.
Sem contar que os sistemas de ponto digital permitem a geração rápida e fácil de relatórios detalhados sobre a jornada de trabalho dos funcionários, facilitando o acompanhando preciso de dados.
Outra vantagem é que essas soluções podem ser integradas com sistemas de folha de pagamento e gestão de recursos humanos, tornando todo o processo mais eficiente e evitando duplicidade de informações.
Ao proporcionar um registro preciso e transparente da jornada de trabalho, o ponto digital promove também a confiança entre empregadores e funcionários, evitando conflitos e litígios trabalhistas.
Conclusão
As soluções de ponto digital não apenas atendem às exigências legais, mas também melhoram significativamente a eficiência e transparência da gestão de controle de ponto nas fazendas.
Com isso, é possível um ambiente de trabalho mais organizado e produtivo e uma gestão muito mais precisa e facilitada.
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